quinta-feira, março 27, 2014

PAIXÃO por MOTOS x PAIXÃO por MOTOCICLISMO

Créditos:
Otavio Araujo – Gugu   otavio@globalplayer.com.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.  , empresário em Taubaté/SP, 72 anos, com 53 de motociclismo.


Sou um apaixonado pelo Motociclismo desde a juventude quando ganhei de meu pai em 1958 minha primeira moto, uma Monaretta verdinha, ocasião em que dei uma guinada no conjunto de meus interesses, dando início a essa paixão que tenho por Motociclismo até hoje, mesmo beirando os 72 anos de idade.

Nesses anos de Motociclismo, possuí as mais diversas marcas e modelos de motocicletas e tive oportunidade de rodar/experimentar praticamente todas. Aprendi nesses anos que um amigo motociclista nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade.
Quando iniciamos esta aventura chamada Motociclismo, não sabemos das incríveis alegrias e tristezas que experimentaremos à frente, nem temos boa noção do quanto precisamos uns dos outros... 
Mas, ao chegarmos ao fim da jornada, já sabemos muito bem o quanto cada um foi importante para nós. Aprendi que temos que aproveitar a viagem e não apenas pensar na chegada.
Daquela época em que rodávamos sem capacete e nossas rodovias eram de mão simples até o presente com as maravilhosas máquinas com freios a disco, ABS, controle de tração, pneus sem camara, GPS e tantas outras inovações, rodando pelas excelentes estradas paulistas, nunca consegui entender motociclistas que tem paixão por determinada marca ou modelo de moto e não pelo Motociclismo como um todo.
Aprendi que Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta.
Ser fanático pelas HD, pelas BMW, por motos custom, speed ou esportivas e não pela possibilidade de novos horizontes, aromas, estradas, destinos ou vínculos de novas amizades conquistadas a cada viagem também ainda não consegui entender...
Nas conversas informais com motociclistas que interajo em minhas viagens sinto que alguns não estão curtindo a viagem e sim aquela moto.
Quando durante o papo inadvertidamente deixo escapar que não sou fã daquela marca ou modelo, sinto a conversa perder o fio, o entusiasmo.
Nunca deixo uma pequena disputa afetar a possibilidade de uma possível grande amizade.
Nunca pertenci ou viajei com qualquer moto clube ou moto grupo.
O Gau [João Gonçalves], amigo e grande motociclista, um dos maiores do Brasil, com milhares de km rodados, o qual muito respeito e tento copiar sempre diz: “Qualquer moto nos leva a qualquer lugar.” 
Os verdadeiros motociclistas são aqueles que interagem que relatam dificuldades/novidades, que estão lá torcendo por você, intervindo em seu favor e esperando você de braços abertos, abençoando sua vida! 
Não importa quanto tempo nem quantos quilômetros vocês vivam afastados.
Quando algum amigo motociclista me consulta sobre aquisição de uma nova moto [que pode ser até uma moto usada] aprendi que o melhor é dar conselhos só em duas circunstâncias: quando são realmente pedidos e quando deles depende a vida. Na maioria das vezes, quem pergunta já sabe exatamente o que quer, pergunta apenas para saber se vc tem o mesmo gosto.
Motociclismo não é idolatrar determinada marca de moto, imaginar-se montado num tesouro tinindo de novo, de valor inestimável, viver divulgando seu alto preço e as vantagens insuperáveis de sua moto atual e escondendo os “micos” que todas têm.
Motociclismo é partilhar, compreender diferenças, apoiar, fazer da moto [seja ela qual for] uma ferramenta de união, de fazer novas amizades, de ensinamentos e partilhar roteiros fotos e aventuras.
À medida que o tempo e a natureza realizavam suas mudanças em meu estilo de pilotar e eu desvendava os mistérios das estradas, os companheiros do motociclismo sempre foram os baluartes em minha vida, nunca, jamais uma determinada marca ou estilo de moto. 
Uma moto top da BMW/HD para mim é igual a uma Mirage da Dafra, o que importa é o ser humano que está montado nela.
 Meu fraterno moto abraço,
 Otavio – Gugu

quarta-feira, março 26, 2014

Quando a Moto vai para a Oficina

Saúde & Paz.
Achei esta imagem no site:http://www.hechoamanocustom.com/.... e fiquei imaginando que  é (ou pode ser) a realidade para muitos apaixonados por sua motos.

   Se Vc. é o próprio mecânico:
  - Fica imaginando qual a peça; ou onde esta defeito a ser solucionado?
     Até ai tudo bem, afinal Vc. mesmo põe a mão na massa e descobre; sozinho ou
     com ajuda de opiniões e orientações de amigos.

   Se Vc. teve que deixar a moto aos cuidados de outro(oficina ou autorizada):
   Ai a coisa pega............
  - Será que realmente este "cara" sabe consertar minha moto?
  - Será que a moto vai voltar inteira?
  - O mecânico disse que ""pode ser"" (esta resposta - pode ser) é a pior coisa que desejamos
     ouvir. Concordam????? rsrrssr.
 E tem muitas e muitas outras preocupações difíceis de enumerar.

 Realmente é de perder o sono.

 Deixo aqui a imagem ilustrativa que gostei muito.

Abraços a todos.


quarta-feira, março 12, 2014

A cegueira de movimento no motociclismo

Pilotos militares recebem instrução sobre cegueira de movimento durante o treinamento porque ela ocorre em velocidades mais altas e, até certo ponto, isto é aplicável a motociclistas também...

Os pilotos são instruídos a alternar o olhar entre varrer o horizonte e o painel de instrumentos quando em vôo, e nunca fixá-lo mais que alguns segundos num único objeto. Eles são orientados a manter a cabeça como se ela estivesse montada numa rótula e a movimentar os olhos continuamente. 
Isso porque quando se está em movimento, fixar o olhar num objeto por algum tempo faz a visão periférica sumir. Essa é a razão desse fenômeno ser chamado de cegueira de movimento.
Num acidente em que uma moto pilotada rapidamente atinge um veículo mais lento saindo de uma via transversal, os motociclistas geralmente afirmam não terem visto o veículo vindo da direita ou da esquerda. Eles não estão mentindo, apenas não viram realmente o outro veículo, mesmo à plena luz do dia, devido a cegueira de movimento.
Desse modo, nós motociclistas precisamos estar atentos a este importante detalhe ao pilotar nossas motocicletas.
Até cerca de três décadas atrás, esta técnica de “cabeça numa rótula & olhos se movimentando” era a única maneira de avistar outros aviões por perto. Hoje, os pilotos contam com radares, sensores e os mais modernos equipamentos de detecção, mas a velha técnica ainda tem utilidade.
Participe de uma pequena demonstração da cegueira de movimento.
É a mesma usada para pilotos em treinamento na salas de simulação antes mesmo que cheguem perto de um avião.
No link abaixo, vê-se um conjunto de cruzes azuis sobre um fundo preto.
Há um ponto verde piscando no centro e três pontos amarelos fixos à volta dele. Se fixarmos o olhar no ponto verde mais que alguns segundos, os pontos
amarelos desaparecerão aleatoriamente, isolados ou em pares, ou os três de
uma vez. Na verdade, os pontos amarelos estão sempre lá.
Confira em http://www.msf-usa.org/motion.HTML (abrirá em nova janela)

ANTES de fazer o teste, observe os pontos amarelos por algum tempo para você ter certeza de que não foram parar em algum lugar, que são constantes.
Assim, se estivermos dirigindo em velocidade numa rodovia e fixarmos o olhar na estrada à frente ou em qualquer outro ponto ou objeto, poderemos não ver um carro, uma moto, uma bicicleta, uma vaca ou um ser humano vindo de um dos lados ou mesmo à nossa frente. Mesmo na cidade em baixa velocidade é importante não fixar o olhar por mais de alguns segundos.
Recomendo que durante a pilotagem, procure sempre girar a cabeça olhando dos lados, assim também massageando sua nuca, piscando os olhos e nunca fixar algum ponto por demasiado tempo, como às vezes fazemos tentando ler a cidade da placa de um veículo que segue a nossa frente.
Pense nisso.


Créditos:::::::
Otavio Araujo – Gugu - 72 anos, motociclista a mais de 50, administrador, empresário em Taubaté/SP, roda de Honda Varadero XLV 1.000cc – e-mail: gugu@rockriders.com.br O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.